29 de Abril de 1361
Olho a luz da lua no escuro da noite, cheira a campo, a flores de primavera e ao inicio de calor, cheira a sol, cheira a frescura e a paz. Sento-me no recanto do nosso jardim encantado, onde vivemos os momentos mais doces da nossa paixão! Vivo intensamente as recordações que avassalam o meu peito e jamais consigo imaginar que não voltaremos a repetir estes momentos!
Eu estou aqui, tão longe e tão perto do teu coração que me ama intensamente desde que os nossos olhos se tocaram, naquela noite onde tudo foi tão mágico, tão ilícito e tão confuso e nós não podíamos!... Eu era apenas uma pequena aia, na flor da juventude que acompanhava a sua ama no seu casamento. E tu? Tu eras o meu amo, aquele a quem eu devia vassalagem, respeito e todas as regras de cordialidade da época em que vivemos. Tu nunca poderias ter sido o amor da minha vida, Pedro, tu nunca poderias ser transformado no meu príncipe encantado, no homem da minha vida, no meu Romeu se eu fosse Julieta! Não! Nós não podíamos… e não pudemos, durante muito tempo, até a morte de minha ama, D. Constança, a quem sempre fui fiel.
Mas, o destino decidiu que o nosso amor poderia dar fruto e deu-nos a oportunidade de viver tudo apenas uma vez…
Depois, veio o mal que venceu o destino mas não o amor, apesar de morta o nosso amor sobrevive! Como te amo, Pedro.
Inês de Castro
Olho a luz da lua no escuro da noite, cheira a campo, a flores de primavera e ao inicio de calor, cheira a sol, cheira a frescura e a paz. Sento-me no recanto do nosso jardim encantado, onde vivemos os momentos mais doces da nossa paixão! Vivo intensamente as recordações que avassalam o meu peito e jamais consigo imaginar que não voltaremos a repetir estes momentos!
Eu estou aqui, tão longe e tão perto do teu coração que me ama intensamente desde que os nossos olhos se tocaram, naquela noite onde tudo foi tão mágico, tão ilícito e tão confuso e nós não podíamos!... Eu era apenas uma pequena aia, na flor da juventude que acompanhava a sua ama no seu casamento. E tu? Tu eras o meu amo, aquele a quem eu devia vassalagem, respeito e todas as regras de cordialidade da época em que vivemos. Tu nunca poderias ter sido o amor da minha vida, Pedro, tu nunca poderias ser transformado no meu príncipe encantado, no homem da minha vida, no meu Romeu se eu fosse Julieta! Não! Nós não podíamos… e não pudemos, durante muito tempo, até a morte de minha ama, D. Constança, a quem sempre fui fiel.
Mas, o destino decidiu que o nosso amor poderia dar fruto e deu-nos a oportunidade de viver tudo apenas uma vez…
Depois, veio o mal que venceu o destino mas não o amor, apesar de morta o nosso amor sobrevive! Como te amo, Pedro.
Inês de Castro
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on sexta-feira, março 27, 2009
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Sara Freitas
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