Pedro e Inês
Até ao fim do mundo ♥
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Eros e Psiqué
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by: 11ºI
Psique era a filha mais nova do rei de Mileto e era extremamente bela. As pessoas admiravam a sua beleza e rendiam-lhe homenagens que só eram devidas a Afrodite. Afrodite, deusa da beleza, profundamente ofendida enviou o seu filho, Eros, para fazer com que Psique se apaixonasse pelo homem mais feio de toda a terra. Porém Eros, ao ver a beleza de Psique, apaixonou-se profundamente. Através do oráculo, Eros ordenou ao rei que enviasse a filha ao cimo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. E assim aconteceu, Psique foi levada ao pé do monte e abandonada por seus parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico, entrou e todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz. Quando chegou a noite, os criados conduziram-na ao quarto de dormir. Avassalava-a um medo enorme pois sabia que o seu terrível esposo estava prestes a chegar. No entanto, começou a ouvir uma voz maravilhosa que a acalmou e a sentir umas mãos humanas que acariciavam seu corpo. E entregou-se totalmente a esse amante misterioso. Quando acordou, já era dia e o seu amante tinha desaparecido. A partir daí, todas as noites, se repetia a mesma cena. Enquanto isso, as suas irmãs continuavam à sua procura, mas o esposo misterioso alertou-a para não lhes responder. Passados tempos, ele aceitou, mas impôs uma condição que, ela nunca tentasse conhecer sua verdadeira identidade. Quando suas irmãs entraram no castelo e a viram ficaram invejosas, perguntaram maliciosamente sobre a identidade do marido. Embora advertida pelo seu esposo, Psique não resistiu à curiosidade e decidiu descobrir esse mistério. A noite, enquanto Eros descansava ao seu lado, Psique aproximou a lâmpada do rosto do marido, e, para sua surpresa, em vez de uma horrenda criatura, viu um jovem de extrema beleza. Nesse momento, ele acorda e assustado, voou pela janela do quarto, dizendo: "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor? Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai. Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo, além de te deixar para sempre. O amor não pode conviver com a suspeita." Nesse instante, tudo à sua volta desaparece. Psique ficou inconsolável, tentou suicidar-se atirando-se ao rio, mas as suas águas trouxeram-na gentilmente para sua margem. Foi então que o deus Pan a alerta aconselhando-a a esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros. Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu à sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Entrou e viu uma grande confusão de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto e pôs-se a arrumar. Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e disse-lhe:- "Ó Psique, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda-lhe as homenagens que ela, como deusa, merece." Quando Afrodite a recebe não esconde a sua raiva, pois Psique tinha sido a causadora do seu filho ter desobedecido às suas ordens. Como condição para o seu perdão, a deusa impôs-lhe três tarefas, que por serem tão difíceis poderiam causar-lhe a morte. Primeiro, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão. Para segunda tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro. Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, se não o fizesse, seria atacada e morta pelos carneiros. Psique esperou, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada. A terceira tarefa seria subir ao cimo de uma alta montanha e trazer-lhe uma jarra cheia com água escura. Mas, a guardar essa fonte estava um dragão. Psique para cumprir esta tarefa foi ajudada por uma grande águia, que voou baixinho aproximou-se da fonte e encheu a jarra com a negra água. Afrodite, irada com o sucesso da jovem, planeou uma última e fatal tarefa: Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar numa caixa. Psique, desesperada, subiu a uma torre e ia atirar-se, para poder alcançar o mundo subterrâneo, mas uma voz vinda da torre murmurou-lhe as instruções para poder entrar na caverna e alcançar o reino de Hades. Ensinou-lhe ainda como ultrapassar os perigos: passar pelo cão Cérbero e pagar a Caronte para atravessar o rio Estige, e advertiu-a:- "Quando Perséfone te der a caixa com sua beleza, tem o cuidado de não olhar para dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não pode ser admirada por olhos mortais.". Seguindo estas palavras, Psique conseguiu chegar até Perséfone e recebeu a caixa com o precioso tesouro. Contudo Psique mais uma vez não resistiu à curiosidade e abriu a caixa. Em vez de beleza estava lá um sono terrível que se apossou dela. Entretanto, Eros que testemunhara todos os perigos que Psique enfrentara só para lhe provar o seu amor, voou em seu socorro e conseguiu colocar o sono novamente na caixa e salvá-la, lembrou-lhe novamente que a curiosidade tinha sido o seu grande defeito, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa. Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou-lhe para que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique. Atendendo ao seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que fosse oferecida à jovem uma taça de ambrósia. E depois Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu seu filho, chamado Voluptas (Prazer).
This entry was posted on sexta-feira, fevereiro 27, 2009 .
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