Cena III
Inês – Meu Pedro, porque não chegas? Preciso tanto de ti ao meu lado, agora! ... Agora e sempre meu amor! Será que este destino malvado nos vai separar? Eu preciso de te sentir, preciso do conforto da tua voz! Preciso de te dizer, mais uma vez o quanto te amo!
Inês retira-se para dentro de sua casa, e dirige-se aos aposentos dos infantes. João e Dinis, estavam já no mundo maravilhoso dos sonhos. Mas a pequena Beatriz, estava inquieta e aflita.
Inês – Beatriz, minha filha… Estás com pesadelos?
Beatriz – Sim mamã. Tenho medo do escuro!
Inês – Oh, minha pequena Beatriz… O escuro é tão bonito! Fecha os olhos, e dorme descansada, eu estou aqui.
Beatriz – E o papá? Onde está o papá?Inês suspira, e tenta esconder do seu rebento a sua ansiedade.
Inês – O papa está a chegar, minha inocência! Agora dorme.
Beatriz adormece, e Inês deixa-se levar também pelo sono e pelo cansaço, adormecendo do lado da filha. O seu sono, é interrompido por Lia que assustada a acorda!
Aia – Minha senhora, apresse-se a ir ao claustro!
Inês – O que se passa Lia?
Aia – O seu rei espera-a!
Apressada e angustiosamente, Inês caminha para o claustro. Os seus passos são determinados, mas dentro dela algo lhe diz que aquela visita não terá um final feliz. (medrosa tenta mostrar ar confiante).
Inês – Sua majestade! – Diz Inês fazendo uma vénia.
D. Afonso IV (altivo) - Tudo o que posso dizer-te é que te afastes do meu filho. Independentemente do que possas argumentar nada vai mudar, as pessoas pedem, exigem que termine esta relação ilegítima, que demais não passa de um capricho de Pedro!
Inês - Meu senhor, não queria desrespeitá-lo, mas nada posso fazer para que mude a opinião que gravou em si. Pense nos seus netos que são apenas o fruto deste amor. Eu amo Pedro, mais do que a mim e à minha vida! Se não for para viver do seu lado, então eu não quero mais viver. D. Afonso IV (calmo) – Ainda bem que assim pensa! ENTREM! (chamando os carrascos que esperavam fora do claustro).Os carrascos entram, e faz-se silêncio no palácio. Inês é encontrada estendida no chão do claustro pelas aias, que correm à procura de alguém para as ajudar.
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on quinta-feira, março 26, 2009
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